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Anos 20

Anos 20


 

A era do sonoro

A década de 20 é marcada pelo espírito do pós-guerra e a diversidade das produções cinematográficas são reflexo disso mesmo. Nos EUA, os talentos de Charlie Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd dominam na comédia, Cecil B. De Mille continua a realizar melodramas carregados de sensualidade e os primeiros filmes de gangsters e documentários fazem a sua aparição. Na Europa, as experiências vanguardistas de Man Ray e Luis Bunuel marcam a França do pós-guerra e a Alemanha vive, na primeira metade da década, a era de ouro do expressionismo alemão. Após anos de filmes de propaganda, o cinema soviético (controlado pelo estado) torna-se num centro criativo, cujo expoente máximo são as obras de Sergei Eisentein. Por sua vez, a Índia vive uma década extremamente positiva, produzindo cerca de 100 filmes por ano.

Em Hollywood, as estrelas de cinema, à semelhança dos papeis que interpretam, vivem histórias pessoais rocambolescas: Rudolph Valentino, que se tornara num dos mais famosos galãs da sétima arte, morre em 1926; o comediante Fatty Arbuckle abandona a sua carreira cinematográfica devido às suspeitas de assassinato da actriz Virginia Rappe; em 1918, as salas de cinema recusam-se a exibir os filmes de Francis X. Bushman, quando se tornam publicas as suas aventuras extra conjugais.

O final da década viria a ser marcada por um dos mais importantes acontecimentos da história do cinema: a exibição do primeiro filme sonoro. Muito embora as experiências de Thomas Edison, foi a pequena empresa Vitaphone (criada pela Warner Bros. e pela Wester Electric) a desenvolver um sistema eficaz e a produzir as primeiras curtas-metragens sonoras em 1926 e um ano mais tarde a primeira longa-metragem sonora: O Cantor de Jazz, realizada por Alan Crosland e interpretação de Al Jolson.

Os filmes sonoros foram um sucesso imediato e por volta do final da década, perto de metade das salas de cinema americanas estavam preparadas para exibir filmes sonoros. Muito embora o seu sucesso, o sonoro levou à ruína de alguns actores: uns não tinham a voz mais indicada para o novo registo cinematográfico, outros, como Mary Pickford, não conseguiram fugir à imagem que construíram durante a era do mudo e retiraram-se.

A década não terminaria sem mais um acontecimento importante e que iria influenciar a economia mundial, incluindo a indústria cinematográfica: a queda da bolsa de Nova York em Outubro de 1929 e o início da depressão económica.